Toda organização, com ou sem fins lucrativos, público ou privada devem ter muito bem definido os resultados que querem obter. Isso parece muito óbvio, mas não é incomum investir horas com dirigentes e acionistas para se obter, claramente, o resultado a ser atingido. Isso pode levar meses, mas é crucial para todo desenho processual e organizacional.
Um exemplo que estamos vivenciando neste momento: a reforma da previdência, é a mais pura matéria para se demonstrar o quão longe estamos do real resultado que precisamos atingir. A equação deste problema dentro de um cenário de extrema crise política, econômica e de interesses pessoais pode ter um resultado nulo em termos de crescimento e desenvolvimento do país, a longo prazo.
Mas, e se, no mundo ideal, pudéssemos definir este resultado com indicadores claros e objetivos como por exemplo: PIB 4%, taxa de desemprego 5%, alfabetização 98% e desta forma começar a modelar todos os recursos, valores, ações, impostos, dentro de uma cadeia produtiva e sustentável a longo prazo?
A relação entre governo e cidadãos, fornecedores e clientes, empregado e empregador deve ser conectada num contexto simbiótico. Cada vez mais, isto será vital ao futuro de qualquer organização, pois o dinheiro está ficando muito mais volúvel e se movimentando em novos negócios e mercados com a velocidade que a tecnologia permite.
Portanto, a visão futura prepara a organização para a gestão dos processos.
O desafio está no controle em tempo real de futuras ameaças ou oportunidades e nas adaptações a um novo cenário. Conhecer e tratar os riscos do negócio!
Esta habilidade de enxergar e agir rapidamente é o “calcanhar de Aquiles” de muitas organizações. Percebam que não estamos falando de fazer muitas coisas ao mesmo tempo e de forma rápida. Tratamos aqui da capacidade de “manobrar um navio”, por vezes, em águas desconhecidas.
Com a simples base onde a despesa é maior que a receita, e a partir disso cortar custos, aumentar impostos ou tempo de contribuição será sempre uma ação paliativa para um problema ainda maior. E porque não, pensar em novos modelos de negócios, novas interações, novas ideias ou novas tecnologias? Isso sim, gera valor, gera empregos, satisfação e cria o início de um ciclo virtuoso.
Conhecer seu processo, em detalhes, vai lhe mostrar muitas oportunidades de melhoria e inovações, sejam nas regras, no ambiente, na tecnologia ou no perfil profissional.
Temos que ficar atentos. Quando se ouve “é preciso reduzir o quadro em X%...” é provável que todos irão contribuir com os X%, uma visão financista que não dá a clareza necessária sobre o risco legal, da qualidade, da produtividade e até mesmo de “compliance”. Em números, os acionistas ou economistas ficarão satisfeitos, mas será que isto é realmente sustentável?
Estamos vivendo a era da integração. O Gestor de Recursos Humanos está em alta e deve estar integrado com o Controller da empresa. Concentrando-se nas coisas certas. Rever práticas, políticas e estratégias de remuneração, criar modelo que valorize o desempenho por entregas, horizontalizar suas estruturas, atuarem como guardiões dos processos de negócios e disseminadores da cultura e do propósito da organização.
O desafio que se coloca é complexo e tratável. Além de quebrar o paradigma vigente, fator essencial para a introdução da cultura de processos baseado em fluxo de valor, é essencial para organizações modernas que buscam eficiência eficácia e efetividade por meio de inovações.
LIGGO Gente & Gestão - Pessoas e Processos para Melhoria dos Resultados e Sustentabilidade dos Negócios.
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