Comportamento conhecido no mundo animal como “efeito manada”, também presente nos seres humanos, na forma como tomamos decisões, normalmente seguindo a maioria pela falta de dados e análise ou pelo medo de contradizer uma outra opinião, quando há estrutura hierárquica mais rígida.

Temos a necessidade de convivência em grupo, criamos frases do tipo “juntos somos mais...”, “união faz a força”... Pertencer a algo, uma ideologia, uma filosofia... ser aceito, sobreviver. Se estivermos errados, todos estamos juntos, ou “eu sabia que ia dar errado? ”

Na indústria da moda, quando alguns famosos começam a usar determinadas roupas, outros “gostam” e copiam. Depois de um tempo, quase todos se vestem do mesmo jeito para “pertencer ao grupo”. “Bonita camisa, Fernandinho... a do senhor também é linda... até que todos do comitê executivo estavam com o mesmo tipo de camisa... Um clássico da propaganda nacional dos anos 80 – camisas USTOP, quem tem mais de 40 anos de idade certamente se lembrará desta propaganda de televisão. Se não conhece ou quiser rever, clique aqui.

Infelizmente este efeito pode causar tragédias – basta correr para o lado errado!

Antes da decisão pela compra de um produto/serviço, pesquisamos o que estão dizendo nas redes sociais, queremos ouvir depoimentos, quantos “likes” pois muitas vezes desconhecemos o que queremos e o ambiente tende a dirigir nossos desejos, influenciar nossos pensamentos e definir nossas escolhas.

Este efeito também ocorre nas organizações. As divisões, áreas, equipes... e entre organizações (mesmo seguimento, mesmo porte, etc.)

Ficar atento para saber se realmente queremos aquilo que estão oferecendo, se desejamos e se estamos tomando as melhores decisões, pautadas em dados e fatos, caso contrário, prevalecerá a opinião do chefinho.

Será que a decisão de uma organização é tomada em prol do resultado, ou seja, a demanda do cliente satisfeita?

“Fizemos o nosso melhor...” “trabalhamos arduamente...” para a divisão? Área? Equipe?... Para qual resultado?


“Você não pode consertar a cultura organizacional – concentre-se em seu negócio e o restante seguirá seu curso. ” – HBR abril/17

“Você está resolvendo os problemas certos? ” – HBR abril/17

“O efeito manada predomina em conselhos de administração”. – Valor Econômico 12/jun/17


Quando muitos passam pelo rio, a água fica turva.

 O consenso é a escolha de uma visão dentre todas as opiniões e ideias envolvidas. Exclui a minoria. Pode ser prático e rápido de imediato, mas ao excluir a minoria, haverá quebra de comprometimento do grupo, aumentando riscos e prejudicando o resultado final da organização.

O senso comum todas as visões são consideradas válidas e é essa a abordagem utilizada ao trabalhar com mapeamento de processos.

O envolvimento das pessoas é um fator de sucesso em projetos de melhoria de processo e na solução de problemas complexos. O processo deverá representar as ideias obtidas pelo Senso Comum e não pelo Consenso.

Para que ocorra o Senso Comum, ou seja, a inclusão da visão de todos, não é preciso que haja um acordo entre todas as visões, basta que todas as visões sejam reconhecidas.

"Enxergar o que o outro enxerga” é se colocar no lugar do outro, mesmo que sua visão seja diferente.

O resultado, que também denominamos “valor adicionado” é nada mais que o cliente atendido e satisfeito. No entanto, este valor adicionado dificilmente é disseminado ou percebido pela organização que o produz - as pessoas envolvidas na cadeia de valor.

Uma visão processual, a partir do valor adicionado, criando uma cultura de processos, enxergando e mitigando riscos do negócio e gerando insights para inovação – Este é o caminho!

Em suma, o resultado define a cultura da organização e não ao contrário. Moldar a organização para geração do resultado. Pode parecer utópico, vai contra muitas teorias e discursos. Mas o que você deseja? Beber água limpa ou água turva?

Pensem nisso!

 

Liggo Gente & Gestão - Pessoas e Processos para Melhoria dos Resultados e Sustentabilidade dos Negócios.

 

 

   

 

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