Mas qual a origem e recente evolução da definição ou conceito de estratégia?
Um dos primeiros usos do termo estratégia foi feito há aproximadamente 3.000 anos pelo estrategista chinês Sun Tzu, que afirmava que “todos os homens podem ver as tácticas pelas quais eu conquisto, mas o que ninguém consegue ver é a estratégia a partir da qual grandes vitórias são obtidas”.
O vocábulo teve sua origem na Grécia Antiga, significando, inicialmente, “arte do general” , adquirindo, posteriormente, uma conotação voltada para a guerra, significando a arte e a ciência de conduzir um exército por um caminho. O termo estratégia assumiu o sentido de habilidade administrativa na época de Péricles (450 a.C.), quando passou a significar habilidades de gestão (administrativas, liderança, oratória, poder). Mais tarde, no tempo de Alexandre (330 a.C.), adquiria o significado de habilidades empregadas para vencer um oponente e criar um sistema unificado de governo global.
Estratégia significava inicialmente a ação de comandar ou conduzir exércitos em tempo de guerra – um esforço de guerra. Representava um meio de vencer o inimigo, um instrumento de vitória na guerra, mais tarde estendido a outros campos do relacionamento humano: político, econômico e ao contexto empresarial, mantendo em todos os seus usos a raiz semântica, qual seja, a de estabelecer caminhos. Origina-se assim como um meio de “um vencer o outro”, como uma virtude de um general de conduzir seu exército à vitória, utilizando-se para isso de estratagemas e instrumentos que assegurassem a superioridade sobre o inimigo.
A estratégia teve várias fases e significados, evoluindo de um conjunto de ações e manobras militares para uma disciplina do Conhecimento da Gestão, a Gestão Estratégica, dotada de conteúdo, conceitos e razões práticas, e que vem conquistando espaço tanto no âmbito acadêmico como no empresarial. Não existe um conceito único, definitivo de estratégia. O vocábulo teve vários significados, diferentes na sua amplitude e complexidade, no decorrer do desenvolvimento da Gestão Estratégica.
O conceito de estratégia apresenta um paradoxo, pois exige a integração de uma série de teorias e enfoques, o que impede o completo registo dos seus conceitos e abordagens. Dependendo do contexto no qual é empregada, a estratégia pode ter o significado de políticas, objetivos, tácticas, metas, programas, entre outros. O conceito de estratégia vem sendo utilizado de maneira indiscriminada na área da Gestão, podendo significar desde um curso de ação formulado de maneira precisa, todo o posicionamento no seu ambiente, até toda a alma, a personalidade e a razão existencial de uma organização. Trata-se de um conceito de grande emprego acadêmico e empresarial, dotado de uma grande amplitude e diversificação, que em alguns aspectos é complementar e, noutros, divergente.
De entre os muitos conceitos de estratégia, um dos mais utilizados aquele que a define como o conjunto de planos da alta administração de uma empresa para alcançar resultados consistentes com a missão e os objetivos gerais da organização. Qualquer que seja a definição, destacam-se algumas palavras-chave que sempre a permeiam, entre elas: mudanças, competitividade, desempenho, posicionamento, missão, objetivos, resultados, integração, adequação organizacional, palavras que muitas vezes reduzem a sua amplitude, ao serem empregadas como sinônimos dela.
Basicamente não é um propósito diferente da estratégia empresarial, o chamado conceito moderno de estratégia, que tem como propósito aumentar a quota de mercado (conquistar território), que só se consegue aumentando o mercado ou ganhando a concorrência, sendo o objetivo final aumentar o lucro (riqueza).Também na estratégia empresarial o sucesso depende de como nos conhecemos e em que ponto se conhece a concorrência. Tem que se entender, objetivamente, onde podemos estar amanhã, e não onde queremos estar, decidindo o que somos realmente capazes de fazer e decidir onde se deseja chegar (John F. Welch Jr.).Existem vários passos que os gestores de topo, os estrategistas, devem realizar para atingir o objetivo enunciado. Começando pela análise cuidadosa dos pontos fortes e fracos da sua empresa, assim como das oportunidades e ameaças que existem no mercado. Mediante essa primeira análise deverá estabelecer-se uma visão, missão organizacional e objetivos gerais que se pretende atingir. As estratégias formuladas têm que permitir à organização combinar os pontos fortes e fracos da organização com as oportunidades e ameaças do ambiente envolvente.
A implementação da estratégia é o passo que se segue, segundo H. Igor Ansoff (denominado o "pai" da estratégia empresarial 1918-2002) não existe nenhum problema em formular uma estratégia, o importante é fazê-la funcionar. O mesmo é dizer que mais vale uma estratégia razoável aplicada de forma excelente, do que uma estratégia excelente aplicada razoavelmente.
A realização de atividades de controle, para assegurar que os objetivos estratégicos estabelecidos são cumpridos, é fundamental. As Organizações e as empresas operam atualmente num mundo muito competitivo, caracterizado por uma envolvente e constante mutação, aliado a uma forte imprevisibilidade e a um elevado grau de incerteza. Não acompanhar, e adaptar, a estratégia constantemente, pode representar a impraticabilidade da mesma. Os gestores têm de ser capazes de tomar decisões, definir objetivos e arquitetar as estratégias para maximizar as suas potencialidades internas e as suas capacidades competitivas, mas simultaneamente têm que avaliar a evolução da mesma, e ajustar onde for preciso.
Quando definimos objetivos ou finalidades estes só serão atingidos (Eficácia) mediante um processo de gestão e aplicação de recursos disponíveis (Eficiência - "A melhor forma").
A eficiência e a eficácia devem ser geridas de forma equilibrada. Se o gestor for eficiente, mas não eficaz, faz o seu trabalho com o mínimo de erros, mas não realiza um trabalho que levará a alcançar os objetivos. Por outro lado, aquele que é eficaz, mas não é eficiente, tem algumas hipóteses de atingir bons resultados. A eficácia é primordial, imprescindível, e a eficiência é desejável.
Basicamente, Eficiência, na terminologia corporativa, significa fazer um trabalho correto, sem erros e de boa qualidade. Enquanto eficácia traduz-se fazer um trabalho que atinja totalmente um resultado esperado. E nisto consiste uma grande diferença. Podemos alcançar a meta, porém despendendo um esforço e recursos maiores do que o necessário.
Nas empresas, como nos exércitos, os objetivos têm que estar definidos, e a forma como se aplicam os recursos tem que ser a mais correta. Todos têm de conhecer o objetivo final e sentirem-se motivados por ele. Mas isto depende da capacidade do gestor de definir a estratégia de acordo com os objetivos e os recursos disponíveis, e de ser o elo de ligação entre ambos.
fontes: wikipedia; portal gestão, adaptação Liggo